É com imensa satisfação que devo dizer já com um sentimento de saudade que estamos encerrando a III Semana de Linguagens. Neste momento, gostaria de compartilhar com aqueles que são os principais atores desse processo e para quem ele se destina, os nossos alunos, os frutos de um projeto que começou anos atrás e acabou formalizando-se no NULIC. O NULIC (Núcleo de Linguagens e Códigos) é um grupo de pesquisa recente, mas que tem conquistado seu espaço no IFRN, campus Apodi, composto de 13 pesquisadores e 15 discentes orientandos das pesquisas e atividades desenvolvidas pelo grupo. Atividades que vão desde o I concurso de soletração do campus Apodi, a participação em oficinas, a apresentação de trabalhos em eventos como a SECITEX, até a III Semana de Linguagens.
Nesta edição do evento, buscamos abrir a possibilidade de incentivar a iniciação científica com nossos alunos que puderam desenvolver suas propostas de pesquisa dentro do universo das ciências humanas e, até mesmo, de forma interdisciplinar, construindo saberes e interligando conhecimentos. Além disso, nesses dias de GT’s, foi possível dialogar com estudantes de outros campi do instituto, como o campus Macau, Lajes e mesmo de outras instituições, a exemplo da UERN, que puderam contribuir bastante com as 65 propostas de trabalho recebidas e as 49 aceitas em um evento que não pretende ser um reduto fechado e, sim, um espaço cada vez mais amplo em que a ideia de linguagens realmente tem sua razão de ser. Por isso, todos os concursos realizados na Semana, logo, contos, música, dança, torneio de jogos digitais, foram além dos muros deste campus para que a ideia de dialogar com o outro seja algo vivencial, não só com os demais discentes desta instituição, mas também com os demais visitantes, amigos e familiares de nossos alunos que a cada Semana relatam a alegria e aprendizagem que constroem ao fazerem parte das atividades que seus irmãos, primos, filhos desenvolvem para este evento.
Nesses dias, entre as discussões de clássico e popular, desfrutamos de muita música, apresentações de danças, palestras diversificadas, oficinas instigantes, indo da dança flamenca ao teatro popular, apresentações teatrais, júris, intervenções artísticas, apresentações de curtas, sem falar nas salas temáticas que nos fizeram viajar do Olimpo aos contos de fada, emocionando-nos com o Pequeno Príncipe, reconhecendo os monstros que vivem em mim, vivenciando o retorno à infância até nas memórias de um videogame que nos transporta no tempo e não podemos esquecer da Frida em uma semana que homenageamos as mulheres e refletimos ainda mais sobre a necessidade de que tenhamos nossos direitos respeitados. Foi uma semana de muitas cores, épocas e emoções compartilhadas, por todos os espaços deste campus que nesses dias tornou-se, sobretudo, uma grande casa.
Enfim, minha fala não poderia se encerrar sem que eu possa agradecer. Agradecer aos alunos, partícipes desse processo, aos colegas do NULIC, com os quais tenho aprendido a vencer as barreiras e as dificuldades que nos são postas, aos técnicos parceiros do fazer docente, pois também isso é educar, aos terceirizados que nos auxiliam, incansavelmente nesse processo e nos procuram para saber quando haverá de novo, pois se sentem parte dele, à gestão, na figura do Diretor Geral, Professor Francisco Damião Freire e do Diretor acadêmico, Cleone Silva de Lima, que tem nos apoiado e fortalecido um trabalho que é de todos. Em suma, agradeço a cada um de modo geral que sabe que a tarefa docente vai além da sala de aula, da prova, do seminário, mas está também nesses momentos de ensaios, escritas, críticas e diálogos. Resumo tudo isso em uma epígrafe de um autor que tem me acompanhado pela vida, José Eduardo Agualusa, que assim define o ato de sonhar “exercício que consiste em imaginar o impossível, para depois o realizar”, pois é, sonhamos aqui, mas, mais importante que isso, corremos atrás para realizar.
Obrigada